Torres sobre minuta do golpe: "Foi parar na minha casa"
"Esse documento foi entregue no meu gabinete no Ministério da Justiça e eu coloquei em uma pasta. Eu nem lembrava dessa minuta", respondeu o ex-secretário de Segurança do DF quando questionado por Moraes
Anderson Torres era o secretário de Segurança do DF, em 2023, e estava à frente da pasta na ocasião dos atos golpistas que depredaram os prédios dos Três Poderes. - (crédito: Gustavo Moreno/ STF)
"Foi parar na minha casa", disse Anderson Torres sobre a minuta do golpe de Estado. Ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PL), até 2022, ele era o secretário de Segurança do Distrito Federal, em 2023, e estava à frente da pasta na ocasião dos atos golpistas que depredaram os prédios dos Três Poderes.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), questionou o réu sobre como a minuta do golpe foi para na casa de Torres. "Esse documento foi entregue no meu gabinete no Ministério da Justiça e eu coloquei em uma pasta. Eu nem lembrava dessa minuta", respondeu.
09/06/2025 - Ed Alves CB/DA Press. Politica. O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia os interrogatórios dos réus do chamado ?núcleo 1? ou ?núcleo crucial? da ação penal que apura tentativa de golpe de Estado. presente Ex Presidente Jair Bolsonaro - Mauro Cid - General Heleno entre Outros - E Ministro Alexandre de Moraes.
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Os interrogatórios ocorrem na Primeira Turma do STF e são conduzidos pelo relator da ação, ministro Alexandre de Moraes
Ton Molina/STF
O ministro Luiz Fux, que integra o colegiado, também está presente da audiência
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, participa em nome da acusação
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Os réus respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado
Ton Molina
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o núcleo núcleo teve papel central na tentativa de golpe. O esquema envolveu outros 26 réus, que foram divididos em outros três grupos distintos
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Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi o primeiro a ser interrogado por ele ser o delator
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O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem foi interrogado na segunda-feira (9/6), depois de Mauro Cid
Fellipe Sampaio/STF
O almirante Almir Garnier foi interrogado nesta terça-feira (10/6). Ele negou ter dito que as tropas do órgão estariam à disposição para uma tentativa de golpe de Estado
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Em seguida foi a vez do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres ser interrogado. Ele afirmou que que convocou uma reunião no dia 6 de janeiro de 2023 para tratar da desmobilização total dos acampamentos golpistas em frente ao Quartel General do Exército
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Anderson Torres também disse que ficou surpreso quando a Polícia Federal (PF) apreendeu a minuta golpista na casa dele. "A gente recebia minutas, ideias pelo whatsapp, papel, e isso foi parar no meu escaninho, e esse foi dentro de uma pasta, colocado lá para ser descartado", citou
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Já o Augusto Heleno se reservou ao direito de permanecer em silêncio parcialmente. Com isso, ele respondeu apenas as perguntas feitas por sua defesa
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Heleno é acusado de fazer parte de um grupo de inteligência paralelo à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a chamada 'Abin paralela'. Ele negou
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O ex-presidente jair Bolsonaro é o sexto a ser interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes
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"Eu que tenho que provar minha inocência ou eles têm que provar que sou culpado?", questionou Bolsonaro
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Torres informou que ficou surpreso quando a Polícia Federal (PF) apreendeu o documento em sua casa. "A gente recebia minutas, ideias pelo whatsapp, papel, e isso foi parar no meu escaninho, e esse foi dentro de uma pasta, colocado lá para ser descartado", informou. Embora o documento estivesse em sua posse, Torres informou que nunca tratou do assunto da minuta com outras pessoas.