bullying

Adolescente denuncia bullying em escola após tratamento contra câncer

A menina estaria recebendo xingamentos e piadas na escola, em Luziânia (GO), por causa da prótese na perna e da queda de cabelo devido à quimioterapia

No vídeo, a jovem afirma que a escola não tomou medidas  para protegê-la das agressões  -  (crédito: Reprodução/ Redes sociais)
No vídeo, a jovem afirma que a escola não tomou medidas para protegê-la das agressões - (crédito: Reprodução/ Redes sociais)

Uma adolescente de 14 anos denunciou, nas redes sociais, que está sofrendo bullying em uma escola estadual de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, por conta das marcas deixadas pelo tratamento contra o câncer. Em vídeo publicado em 3 de junho, ela relatou que os ataques começaram após seu retorno às aulas, quando colegas aram a zombar de sua aparência e das dificuldades motoras que desenvolveu em decorrência da doença.

“Desde 2023 estou nesse tratamento, fazendo quimioterapia, fisioterapia, cirurgia… e ainda estou sendo perturbada na escola por conta disso”, desabafou a estudante, aluna do 9º ano da Escola Estadual Osfaya.

A jovem luta contra um osteossarcoma — um tumor maligno na perna — há cerca de dois anos. Por conta do tratamento, ela perdeu o cabelo e ou a utilizar uma prótese na perna, o que afetou sua mobilidade. Segundo a denúncia, as humilhações partem de duas colegas de classe, que a ofendem verbalmente. “Elas me chamam de cascuda, de careca, e debocham do fato de eu estar resolvendo tudo na Justiça”, relatou em tom de revolta. 

No vídeo, a estudante critica a omissão da direção da escola diante dos ataques: “A diretora só quer saber da imagem da escola dela. Não quer saber de mais nada”.

O caso gerou grande repercussão nas redes sociais. Muitas pessoas se solidarizaram com a adolescente, com manifestações de apoio e ofertas de ajuda jurídica e psicológica. “Estamos com você neste momento tão doloroso” e “A dor dela ecoa em sua voz… Justiça precisa ser feita! Ela não merece isso”, comentaram usuários.

A jovem segue em acompanhamento médico no Hospital da Criança de Brasília (HCB) e na Rede Sarah, onde realiza sessões de fisioterapia e avaliações periódicas. 

Procurada pelo Correio, a Escola Estadual Osfaya não se manifestou sobre o caso até o momento. O espaço segue aberto para esclarecimentos.

*Estagiária sob a supervisão de Eduardo Pinho

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

 

postado em 13/06/2025 17:46
x